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Olha só o que você fez comigo ou Sobre um cadeirante que redescobre o amor (de novo)

Um deficiente físico rabugento conhece uma moça e, com a ajuda dela, redescobre as cores da vida. Rola um clima entre eles, e acabam se apaixonando. Já ouviu esse enredo? Pois é, eu também. Publicado no Brasil em 2013 pela Intrínseca, rainha dos best-sellers young adults norte-americanos, a história apresenta Will, 35 anos, abastado tetraplégico graças a um acidente de moto, e sua cuidadora, Lou, 26 anos, que se recusa a sair de sua zona de conforto - que inclui morar na casa dos pais com a irmã, o sobrinho e o avô que sofreu um derrame, e namorar um maratonista que exercita o corpo muito mais que a mente. Juntos, ambos descobrem novos jeitos de enxergar a vida e aprendem sobre tolerância, respeito e aceitação.


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"Como Eu Era Antes de Você" foi escrito pela americana Jojo Moyes, e a adaptação para os cinemas será lançada ainda esse ano, protagonizada por Emilia Clarke (Daenerys Targaryen em GoT) e Sam Claflin (Finnick Odair em THG) - aliás, a presença dele no elenco foi o que acabou me levando a conhecer a história. Afinal, é sempre bom ler o livro antes de ver o filme!

Voltando ao romance: em uma escala de zero a dez, merece um três, quatro no máximo. Além do enredo batido, os personagens são beges, sem aquelas peculiaridades marcantes típicas das modinhas românticas; as pinceladas de humor quebram a monotonia, mas nada que te faça rir de verdade. Embora seja uma história triste - mano, o cara só consegue mexer do pescoço para cima e alguns dedos -, não traz aquele aperto no peito característico; no máximo, você lê e pensa "okay, Deus, sou grata (o) pelas minhas pernas e braços". Fiquei mais triste vendo Divertida Mente do que lendo Como eu era antes de você.

MAS como nos ensina a filosofia chinesa do yin-yang, tudo tem seu ponto positivo. No caso, a autora traz dois temas interessantes a serem discutidos: a deficiência física e a morte assistida. Sobre o primeiro, em algumas passagens o livro nos mostra as dificuldades de circular pelas cidades em uma cadeira de rodas (Will ainda tem muita sorte por ser rico e ter uma motorizada), desde locais sem rampas até estacionamentos não asfaltados. Já o segundo, que trata especificamente de clínicas como a Dignitas, na Suíça, abre um debate delicado: se uma pessoa doente não tem mais esperanças, é certo deixar que ela termine com a própria vida? A autora parece acreditar na ideia de aceitar a decisão do próprio enfermo, sem necessariamente apoiar a resolução dela (e), mas esse é um assunto muito particular e que atrai opiniões divergentes.

 

"Como eu era" é um livro padrão da modinha, que entra na onda do sick-lit, a literatura para adolescentes que traz personagens com diversos tipos de enfermidades. Com diálogos fáceis, o enredo, embora carregue uma temática um tanto quanto pesada, não causa desconfortos ou questionamentos internos - chega a ser enjoado e meloso demais. Assim que eu entender por que raios ficou tão famoso, eu edito este post e compartilho a informação - juro que eu o classificaria como "romance de banca de jornal" de qualidade média para inferior.

 

Recomendado:

- Matéria do jornal O Globo sobre "sick-lit"

http://oglobo.globo.com/cultura/sick-lit-nova-polemica-literatura-para-adolescentes-7633735

- Resenha de alguém que gostou do livro

http://www.nomundodoslivros.com/2013/11/resenha-como-eu-era-antes-de-voce-de.html

- ASSISTA AO FILME, não pelo enredo nem nada, mas, se ele for fiel ao livro, VAI TER SAM CLAFLIN SEM CAMISA, MINHA GENTE!

Obrigada por ter lido! Deixe seu comentário aqui embaixo e compartilhe se gostou!

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