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As cartas de um baralho ou Sobre filosofia e paciência

Jostein Gaarder. O nome pode não ser familiar, mas sua obra mais conhecida, O Mundo de Sofia, certamente já foi ao menos mencionado pela maioria dos amantes das ciências humanas. O Dia do Curinga foi publicado em 1990, um ano antes do livro que o tornaria mundialmente famoso, e narra a viagem do jovem Hans-Thomas e de seu pai pela Europa, com destino a Atenas, onde esperam encontrar a mulher que os deixara oito anos antes. No meio do caminho, o garoto de 12 anos recebe dois presentes misteriosos que abrirão sua mente para uma história inacreditável sobre destino, imaginação, loucura e a própria existência humana.

[as três capas da edição brasileira, pela Companhia das Letras]

O romance é permeado por metáforas que remetem tanto a temas cotidianos - como o uso de drogas - até a clássica pergunta "quem somos nós e para onde vamos?". Os protagonistas, Hans-Thomas e seu pai, inclusive, se consideram filósofos, o que não é de se surpreender, considerando o histórico daquele que os criou, e questionam-se ininterruptamente sobre quase tudo. O resultado é uma sequência de reflexões instigantes e que convidam o próprio leitor a pensar sobre tudo isso.

O título do livro mostra que a inspiração do autor foi um personagem por si só muito curioso: o curinga, a carta que "sobra" do baralho, o outsider, aquele que não tem um lugar definido na sociedade... O filósofo. De forma magistral, Gaarder estabelece uma relação entre o curinga e o pensador, entre as cartas de um baralho e a sociedade como um todo.

O Dia do Curinga é um livro que pode ser lido a qualquer tempo da vida - e várias vezes, pois a cada leitura, algo diferente será revelado.

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